Porque
ele livrará ao necessitado quando clamar, como também ao aflito e ao que não
tem quem o ajude.
Salmos 72:12
Salmos 72:12
Bem, acabei parando de falar sobre o diagnóstico,
né? Bom, então, vamos a mais um capítulo da saga em busca do diagnóstico.
Depois de passarmos pelo neuro, nós viajamos
para o 2º. módulo da minha pós graduação. Na volta, tinha consulta marcada com
uma fonoaudióloga e achei que poderíamos então começar com a terapia para que
meu filho começasse a falar.
Ela foi o segundo profissional que me
atendeu de forma completa. Fez toda uma anamnese, perguntou o desenvolvimento
dele desde que nasceu. E, como a otorrino tinha comentado da importância do
fato do meu filho ter nascido hipotônico, falei isso também. Então contei tudo:
o desenvolvimento do meu filho, quando ele começou a balbuciar, quando ele
começou a falar, quando começou a andar... tudo, tudo, tudo.
Ela o observou, conversou bastante comigo e
deu o veredito:
Ela não poderia fazer nada por enquanto, só
à partir do ano seguinte (ou seja, agora, 2012), pelo seguinte motivo: os
planos de saúde não recomendam (e não pagam) tratamento para crianças com menos
de 3 anos de idade e que ela só poderia fazer qualquer coisa com a recomendação
de um neurologista.
Fiquei muito chateada. Por mais que a fono
fosse legal, ela não poderia fazer nada sem uma indicação médica. E, eu não conseguia
consulta com as neuropediatras de referência aqui da minha cidade!
Pelo menos, me deu algumas orientações,
como anotar as coisinhas novas e ser ainda mais incisiva na comunicação. Me
disse para sempre falar os nomes das coisas em todos os momentos e ainda fez
recomendações para a escola. E disse para eu não dar as coisas enquanto meu
filho não falasse o nome do que ele queria.
Fiquei muito triste porque fez
recomendações de coisas que eu faço normalmente. Me senti a mãe mais incompetente
do mundo. Tudo que ela tinha recomendado eu já fazia. A única coisa que eu não
fazia era negar as coisas até que ele falasse. Eu não podia fazer isso! Quando
eu não dava, as crises de birra dele eram terríveis. Ele se machucava. E, o
estresse por isso era muito grande. Deixei essa recomendação de lado.
Eu não podia fazer mais nada.
Então, liguei de novo para uma das
neuropediatras de novo e a recepcionista disse novamente que não tinha vaga.
Então, comecei a chorar. Perguntei a ela se ela tinha alguém pra recomendar e
ela disse que não. Então eu disse chorando: “o que eu faço então com o meu
filho? Por favor! Você pode fazer alguma coisa?” Então consegui uma vaga para
outubro.
Enquanto isso, peguei o relatório que a
fono tinha feito e levei pra escola, para arquivar junto com os documentos do
meu filho. A pedagoga leu e novamente, alguém me fez sentir culpada pela forma
que cuido do meu filho, recomendando as mesmas coisas. Quando eu disse que
suspeitava que a fala do meu filho estivesse atrasada por causa das viagens do
meu marido. Nessa hora, ela disse que eu estava ‘psicologisando demais’. Saí da
escolinha do meu filho ainda mais triste.
Me senti a pessoa mais errada, a pior mãe
do mundo, que não estava sabendo cuidar do meu filho.
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Que Papai do Céu te abençoe!!!