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sábado, 30 de dezembro de 2017

Seja Bem Vindo, 2018

Graças ao grande amor do Senhor é que não somos consumidos, pois as suas misericórdias são inesgotáveis.
Renovam-se cada manhã; grande é a tua fidelidade!
Digo a mim mesmo: A minha porção é o Senhor; portanto, nele porei a minha esperança.
O Senhor é bom para com aqueles cuja esperança está nele, para com aqueles que o buscam;
Lamentações 3:22-25


É incrível como cada virada de ano renova nossas esperanças. Ficamos torcendo para que o ano acabe e o ano seguinte seja muito melhor que o anterior. Queremos que seja tudo novo: novas experiências, novas oportunidades, maior sucesso, melhores condições para nós e para os que nos cercam.
 A expectativa dura no máximo uma semana. E, quando a primeira semana acaba, ou aparece a primeira notícia ruim, temos a sensação de que tudo continua a mesma coisa. Que nada mudou... e lá vamos torcendo pelo próximo mês, próximo trimestre e, de novo, um próximo ano...
Porém, a Bíblia diz que as “Misericórdias do Senhor se renovam a cada manhã”. Não a cada ano. Não a cada mês... Amanhã, elas estarão novas. Amanhã, uma bênção! Amanhã, tudo novo... O Ano não precisa virar para que as misericórdias se renovem.
Em 2018 eu preciso aprender a olhar o dia seguinte como olho o Ano Novo. Perceber a misericórdia de Deus no amanhecer, mesmo que quando eu acorde, ainda esteja escuro. Preciso perceber a Misericórdia do Senhor quando perder o sono de madrugada. Preciso lembrar, quando for dormir, que a Misericórdia do Senhor esteve nos cercando, mesmo que o dia tenha sido um dia difícil, daqueles de que precisamos chorar por meia hora pra descarregar toda a tensão do dia.

Que em 2018 possamos perceber as Misericórdias do Senhor diariamente!

Bíblia toda em um ano!

Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido.
Josué 1.8


No culto da Virada para 2017, nós fomos desafiados a ler a Bíblia toda durante o ano de 2017. Aqui em casa resolvemos abraçar e ler para as crianças. O desafio era ler três capítulos por dia durante seis dias na semana, e no domingo, cinco capítulos.
Então, tentamos. Começamos. No mês de janeiro conseguimos seguir o ritmo proposto. Quando as aulas começaram... aí ficou bem puxado. O tempo para ler três capítulos por dia, em voz alta, para duas crianças que não param quietas, um desafio e tanto. Somando as perguntas, as curiosidades, as explicações... Mais tempo para leitura (e a meditação começa a alongar ainda mais). Então, começamos a diminuir o ritmo.
Enfim, chegamos ao final de 2017 e o resultado? Não, não conseguimos terminar a leitura da Bíblia... Ainda estamos em Isaías... pouco depois da metade. Mas aprendemos muita coisa.
1.     Dá pra ler a Bíblia para as crianças. Do jeito que está escrito. Quando elas estão atentas, elas param e perguntam quando não entendem. Às vezes na hora. Outras vezes, semanas depois.
2.    Nem sempre as crianças precisam estar quietas pra prestar atenção. Enquanto a gente lê, elas estão escrevendo, brincando de carrinho e estão escutando! Parece que não, dá um desânimo... Mas acredite,  as Palavras eternas vão sendo gravadas no seu coração...  A grande prova disso é que muitas vezes, do nada, aparecem situações do dia a dia que elas mesmas aplicam o que foi lido.
3.    É uma ótima oportunidade para gravar versículos. No meio da leitura, aparecia um versículo que a duplinha gostava de repetir... E fica guardadinho no coração deles..
4.    Essa história de ler mais de um capítulo por dia é puxado demais. Às vezes eles acompanham. Outras não. O ideal é que a gente tenha sensibilidade para entender o limite deles e ir junto.
5.    Às vezes eles puxam a reflexão sobre algum texto. Outras vezes, essa reflexão tem que partir de nós.
6.    Eles gostam de participar da leitura. O Garotão adora ler em voz alta. Às vezes pedia pra ler um capítulo inteiro, outras pedia pra ler alternado... A Princesa, mesmo não sabendo ler, também pedia. Nesse caso, a gente lia e ela repetia... Participação da família toda junta... Muito gostoso! Ah, e a Princesa está ansiosa pra ler só pra poder ler a Bíblia junto, de verdade (como ela diz).
7.    Estamos animados pra prosseguir e ver quando é que vamos terminar a Bíblia toda.  Quando terminar, quero fazer um certificado pra duplinha!

E aí? Topam o desafio de ler a Bíblia toda? Não necessariamente toda durante  um ano... Mas durante o tempo que for ideal pra sua família!

 Acredite, vai ser um lindo momento para a família!!!

domingo, 24 de dezembro de 2017

Natal de Descanso

"e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos."
Mateus 28.20b


Natal... Tempo de alegria e festa...
E muita reflexão.
Esse ano senti falta das músicas tradicionais de Natal e minha mente resgatou o musical "Um Natal Inesquecível"*: procurei as músicas na internet e fui escutar.
Então me lembrei... Eu estava grávida do Garotão... Sonhos para o futuro... Mas, ali não tinha ideia do que estava reservado pra nós.
Então, enquanto ouvia o musical, uma das músicas me tocou novamente...
"Se lembre da bondade do Senhor
Guiou-nos com carinho até aqui
Se lembre do amor de nosso Deus
Livrou-nos dos perigos
Com Suas próprias mãos
Podemos ter certeza da promessa
Que Deus não vai desamparar
Basta confiar e entregar
A nossa vida em Suas mãos
Descansa em Deus
Na paz do Senhor
Confia em Seu eterno amor
Descansa em Deus
Na paz do Senhor."
Ah... Descansar...
Esse é meu presente de Natal. Parar e relembrar o caminho até aqui, relembrar que nos momentos mais complicados, o Senhor esteve conosco. Que Ele se fez homem, habitou entre nós.... Não apenas naquele dia especial, mas Ele está aqui, quando tudo está bem... Quando tudo está enlouquecendo, e está aqui, enquanto escrevo.
Meu desejo pra você, nesse Natal, é que você encontre em Jesus, o descanso das lutas de 2017 e a força pra encarar 2018.
Feliz Natal!

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

2017... O ano difícil.

Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças.
E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus.
Filipenses 4:6,7



2017 foi um ano muito difícil em relação ao desenvolvimento do Garotão. Passamos por muitos obstáculos, muitos desafios que desestabilizaram principalmente o emocional do Garotão.
Primeiro, na escola, o Garotão estava apresentando mudanças de comportamento com a ausência do pai: resistência à realização de atividades, à chamadas da professora. Até então, controlável, explicável, contido com tranquilidade.
Depois, a prefeitura da cidade resolve colocar um estagiário para atender três crianças com deficiência. Então, foi mudada a estagiária do Garotão, colocaram outra criança na mesma sala ... ou seja, alterou toda a estrutura do Garotão. As mudanças de comportamento começam a se acentuar. Até então, apenas gritos em sala de aula e resistência. Ainda tranquilo de trabalhar.
Mais alterações na estagiária (tanta alteração que eu já não sabia quem era mais a estagiária que o acompanhava), e o comportamento ainda mais alterado. Agressividade agora presente, e alternando entre autoagressão e agressão aos colegas. Reclamações cada vez mais vezes na porta da sala. Cada vez mais registros na caderneta das ocorrências em sala de aula.
E, último trimestre: as conversas com os terapeutas não mudavam nada. O comportamento do Garotão só piorava. As crises não aconteciam só na escola. Em casa, a agressividade aumentava, os gritos, também. A irmãzinha, que até então mantinha a calma, começou a se esconder com medo das crises. Nada conseguíamos fazer para mudar.
Então, conversando com os terapeutas, conversando com a neuropediatra, conversando com a equipe escolar,  percebemos que um dos motivos de tanta agressão:  o cansaço. Garotão estava num nível de estresse pesado até mesmo para um adulto.
Fizemos um cálculo simples: são 10 horas semanais de terapia, mais 2 horas de  contra-turno, mais 25 horas de escola. Além de 1h30 de trânsito diário. Rotina pesada até mesmo para um adulto. Chegamos então à conclusão de que o Garotão precisava reduzir a carga de terapias.
Então, conversando com a neuropediatra, estaremos começando um novo caminho, uma nova rotina, uma nova etapa, uma nova linha de tratamento. Vamos tentar a terapia domiciliar.

Estamos na expectativa de que o Garotão consiga pelo menos brincar. Desde o 1º ano do Ensino Fundamental, o Garotão só tem um dia na semana pra brincar livremente, sem qualquer orientação. Só tem a noite para fazer as tarefas de casa, e as atividades “Para Casa” só tem a aumentar com o tempo. Além disso, a infância não volta mais. Poder montar, brincar na areia, fazer amigos... Isso é o mais importante na vida!

Encerrando um ciclo

Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós,
Fazendo sempre com alegria oração por vós em todas as minhas súplicas,
Filipenses 1:3,4


É, 2017 está se encerrando e com ele estamos encerrando  um ciclo de  4 anos.
Há quatro anos o Garotão iniciou o tratamento dele numa clínica que tinha todas s terapias juntas no mesmo lugar. Lembro da luta na época pra conseguir todas as terapias, de conseguir que o plano cobrisse... Foi uma luta e tanto(clique aqui pra relembrar ou conhecer essa história ) . E agora, estamos encerrando com a Clínica.
E, quero aproveitar o post para agradecer. A cada profissional, por tanto tempo passado junto. Por se dedicarem e nos mostrarem os melhores caminhos para nós, tanto para o desenvolvimento do Garotão, como para nossa família.
Agradeço muito a Deus pela vida de cada profissional: a Tia Bruna, fisioterapeuta, que cuidava do Garotão na hidroterapia e na psicomotricidade; a Tia Aparecida, psicopedagoga; tia Eliane, psicóloga; Tia Renata, fonaudióloga; Tio Michell, terapeuta ocupacional.
Não tenho palavras para agradecer tudo que vocês fizeram, tudo que nos ensinaram... Enfim... vamos guardar todos vocês no coração!
Que Papai do Céu abençoe todos vocês, que vocês possam contagiar muitas outras crianças com tanto amor!

Muito, Muito Obrigada!!!!

sábado, 12 de agosto de 2017

Feliz dia dos Pais...

Eu queria fazer uma linda homenagem aos pais... Mas meu coração está muito apertado...
O grupo de Mães de Crianças com Deficiência da minha cidade está organizando um piquenique hoje. A ideia, era fazer um piquenique de homenagem aos pais. Em maio, tivemos um para o Dia das Mães, por que não homenagear aos pais?
Mas não rolou. Grande parte das mães se manifestou contrária ao tema, porque suas crianças não tinham a participação dos pais em sua criação. Não por uma opção de nova formação de família, mas por abandono. Essas mulheres lutam sozinhas pela saúde e pelos direitos dos seus filhos.
Dói demais.
Nós teremos o piquenique. Será o piquenique da família. Uma homenagem a essas mães guerreiras que assumem por completo a luta pelo filho. É ela é só ela pelas crianças. Que Deus renove as forças dessas mães.
E, aos pais, Parabéns! Honrem o seu título. Vivam intensamente a paternidade e vocês terão o melhor presente ao redor do pescoço de vocês: o abraço dos seus filhos.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Feliz Dia das Mães!


"Será que uma mãe pode esquecer do seu bebê que ainda mama e não ter compaixão do filho que gerou? Embora ela possa se esquecer, eu não me esquecerei de você!”
Isaías 49:15

Feliz dia das mães pra você, que adora brincar com seu filho, mas precisa também ser terapeuta, buscando atividades para o melhor desenvolvimento do seu filho com deficiência, já que não consegue vaga com terapeutas na rede pública de saúde.

Feliz dia das mães para você, que adora acompanhar as atividades escolares do seu filho, mas precisa bancar a pedagoga, e preparar atividades adaptadas para seu filho com deficiência, já que na escola não tem o suporte pedagógico adequado.

Feliz dia das mães para você, que adora filmar todas as fofurices do seu filho, mas precisa filmar comportamentos, crises e outras coisas mais, para levar aos profissionais de saúde, para ninguém te dizer que “você está ficando doida”, que “é coisa da sua cabeça” ou que “tudo é sua culpa”.

Feliz dia das mães para você, que adora ler artigos sobre crianças na internet, mas que precisa dar uma de advogada, ler todas as leis possíveis, entender coisas que nem juízes entendem, para que os direitos do seu filho com deficiência sejam cumpridos.

Feliz dia das mães para você que curte um passeio gostoso com seu filho, mas que precisa passar mais tempo no trânsito do que tudo para levar seu filho nas terapias que ele precisa, pois não há clínicas próximas à sua residência.

Feliz dia das mães para você que é terapeuta, pedagoga, médica, advogada, motorista mas que gostaria de ser apenas MÃE!

segunda-feira, 27 de março de 2017

Por Igrejas Exemplo na Inclusão

"Cuidado para não desprezarem um só destes pequeninos! Pois eu lhes digo que os anjos deles nos céus estão sempre vendo a face de meu Pai celeste."
Mateus 18:10 - Bíblia JFA Offline


O dia 02 de abril é considerado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo,  e esse ano cai exatamente num domingo.
Normalmente, as associações que representam os autistas fazem caminhadas, manifestações para divulgar o Autismo. E, esse ano quero fazer um desafio para que as igrejas aproveitem que a data e divulguem a conscientização dentro (ou fora) dos seus templos.
Talvez você esteja se perguntando porque estou focando​ as igrejas esse ano e o que as igrejas tem a ver com o Autismo... Vamos lá.

Primeiro: porque a data cai exatamente num domingo. É tradição entre os cristãos estarem reunidos em seus templos nesses dias, e nada melhor do que aproveitar que tem tanta gente reunida para promover a inclusão.

Segundo: Vocês tem ideia de quantas famílias (principalmente mães) deixam de frequentar as igrejas que faziam parte quando o Autismo começa a dar os primeiros sinais? Por mais que as igrejas digam que recebem bem as crianças autistas, a verdadeira inclusão vai além do discurso. A família vai à igreja com a criança. As estereotipias são barulhentas e de muita movimentação. A família não fica à vontade no momento dá reunião e leva a criança para fora e não consegue participar. Depois de uma terceira tentativa, é melhor ficar em casa com a criança.
Ah, você pode pensar, mas a minha igreja tem "salinha"! Mas essa mãe acaba ficando quase que o culto inteiro na sala com a criança. Às vezes, o comportamento da criança é considerado um empecilho para a realização das atividades pelos professores e, novamente, a família para de frequentar a igreja.

Terceiro: você sabe se na sua igreja tem crianças/adultos com autismo? A incidência atual de autismo é de 1 para cada 52 crianças com Autismo. Se há mais de cinquenta crianças na sua igreja e nenhuma com Autismo, vale a pena se perguntar o porquê. Por que essas crianças não estão frequentando sua igreja? Será que as famílias se sentem à vontade de ir com seus filhos para os seus encontros? Há ambiente para receber essa crianças?

Por esses motivos é que desafio às igrejas a buscarem conhecimento sobre o Autismo (e outras deficiências) e promoverem a conscientização e inclusão. As igrejas deveriam ser exemplo, afinal, o seu Mentor é o principal exemplo de inclusão. Aproveitem o próximo domingo e apresentem o Autismo à sua comunidade!!!

domingo, 15 de janeiro de 2017

Nasceu de novo

Era noite. Após brincar muito no parquinho, Princesa vai tomar o seu banho: lava o cabelo, passa sabonete. Depois, deixo brincar um pouco na banheira (banheira? É, uma bacia bem grande pra aproveitar o calor). Enquanto fico ali por perto, observo as brincadeiras e pra garantir a segurança dela.
De repente, a pergunta:
- Mãe, eu vou morrer?
Aquilo bateu no meu coração. Ela só tem três anos e já pensou na morte.
- Eu vou morrer com dodói? Vai doer?
Eu não tive tempo de pensar e ela já me bombardeou com mais perguntas.
- Mãe, eu não quero morrer. Porque a gente morre?
Minha mente não consegue acompanhar as perguntas. Mas essa última pergunta resgatou uma resposta.
- Sim, todos vamos morrer, "porque o salário do pecado é a morte." (Romanos 6:23)
- Mãe, eu não quero morrer!

Eu respiro. Não acredito que tão cedo chegou o momento de apresentar o plano de salvação para minha filha. Nós já tínhamos estudado o plano salvação, decorado versículos... Mas, pela primeira vez, parecia que teria que falar diretamente pra ela.

- Filha, se você tiver Jesus no coração, pode ir morar com Ele depois que morrer.

- Mãe, eu tenho Jesus no coração?

- Só você pode me responder isso...

E ela ficou no banho, refletindo. Depois, liguei para o meu esposo que estava trabalhando, fizemos a leitura bíblica do dia. Conversei com meu esposo e chegamos à conclusão de ela estava dando os sinais que queria nascer de novo.

Colocamos o telefone no viva voz e perguntamos se ela queria que Jesus entrasse no coração. Ela disse que sim. Respirei fundo. Disse pra ela orar. Ela orou assim:
- Jesus, me perdoa por eu ser assim, fazer isso e aquilo. Entra no meu coração!
Ela abriu os olhos. Ria, feliz da vida!!
E, concluiu!!!

- Preciso contar para minhas amiguinhas!!!

Minha filha nasceu de novo!!!!