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segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

A Escola para 2016


Pendências 2015
Bem-aventurado o homem que põe no Senhor a sua confiança, e que não respeita os soberbos nem os que se desviam para a mentira.
Salmos 40:4


Uma das nossas maiores ansiedades de 2015 para 2016 era a escola que o Garotão iria cursar o Ensino Fundamental. O nosso alvo era conciliar qualidade, proximidade, valor e, principalmente, inclusão.
A nossa primeira opção era uma escola onde o Garotão já faz o atendimento contra-turno. Como não era tão perto da nossa casa, então isso seria um fator a se pensar. Tínhamos uma escola pública mais perto, mas nessa outra a inclusão é mais efetiva. O nosso plano B era uma escola particular, mas contei aqui o quanto não seríamos bem recebidos. Para que a inclusão fosse real, acho que nossa luta iria se quadruplicar. Ou, se de tudo, não desse certo e o embate fosse terrível, iríamos mesmo para a escola pública mais próxima, e nossa luta seria elevada a milésima potência.
Recebemos muitos conselhos de amigos para conseguirmos a vaga na escola que queríamos. E, o conselho mais repetido era que devíamos “dar um jeitinho” de conseguir um comprovante inverídico, que garantiria a matrícula de nosso filho (ou seja, mentira, corrupção pouca pode, né?).
E, pra facilitar a nossa vida (#ironiamodeon) só saberíamos ou não se tínhamos a nossa vaga garantida nessa escola no dia 15 de dezembro. Ou seja, ficamos muito, muito tempo sem poder tomar qualquer decisão até mesmo em relação aos horários da terapia para 2016.
Até que, no dia 15 de dezembro, recebemos o documento que nos assegurava que nosso filho tinha a vaga na escola que queríamos. Ficamos muito felizes e agradecemos a Deus por nos conceder essa vaga onde tanto esperávamos.
Então, fomos alegres e sorridentes fazer a matrícula: reuni todos os documentos pedidos, coloquei no envelope e levei para a secretaria. Quando a secretária abriu e viu a papelada, disse que havia um problema e que não poderia fazer a matrícula. Foi como se um buraco tivesse sido aberto sob meus pés. Argumentei com a secretária, mas ela disse que não poderia fazer nada. Não nego que fiquei apavorada. Expliquei que o meu filho já tinha matrícula na escola devido ao contra turno. E, que não tinha outra opção. Assim, ela me encaminhou para conversar com o diretor.
A conversa foi tensa: o diretor alegou que havia sido denunciado por “dar” vagas para amigos e que estava sofrendo muita pressão. O fato denunciado era falso, mas mesmo assim, ele continuava sob marcação cerrada. Então, só após uma boa conversa com a Secretaria de Educação, eles receberam o meu filho (Em tempo: a lei garante prioridade a crianças especiais. Como não havia outras crianças com necessidades especiais solicitando vaga para o mesmo ano, meu filho podia ser matriculado na escola dentro da legalidade).
Após esse momento de tensão, veio o alívio: meu filho foi matriculado.
E, o diretor me deu um puxão de orelha: se todos cobrassem das escolas próximas do jeito que ele é cobrado, os problemas seriam menores. Mas, geralmente optamos (como eu) pelo caminho mais simples: uma escola pública mais distante ou uma escola particular... complicado, não?
E, o alívio de não “dar um jeitinho” e usar de meios errados pra conseguir a vaga. Se tivéssemos seguido esse mau conselho, não teríamos passado pelo susto; mas se fôssemos denunciados, não sei o que poderia acontecer... E, além disso, o que estaríamos ensinando aos nossos filhos?



domingo, 3 de janeiro de 2016

O Desmame da Princesa


O Desmame da Princesa – Pendências 2015

Para tudo há uma ocasião, e um tempo para cada propósito debaixo do céu. Ele fez tudo apropriado a seu tempo. Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade; mesmo assim este não consegue compreender inteiramente o que Deus fez.
Eclesiastes 3:1,11

O ano de 2015 acabou e muitas novidades ficaram para trás. E, não posso deixar de compartilhá-las com vocês. Então, além das novidades de 2016, nesse início de ano, teremos alguns fatos marcantes do final de 2015.

E, a primeira novidade é:
A Princesa desmamou!
Sim, foi um desmame um pouco abrupto pra mim, mas foi na hora dela, no momento dela. E, a última mamada dela foi dia 07/12/2015.
O desmame do Garotão foi um desmame gradual, gentil e em parte conduzido. Depois que ele teve um desmame noturno abrupto (como me arrependo! Foi tão cruel!) a sequência seguinte foi conduzido tão mais naturalmente que ele foi deixando de mamar gradualmente. Um dia ele foi aumentando os espaçamentos entre as mamadas, deixou de mamar pela manhã, depois à tarde, depois intercalando, até que um dia, ele parou simplesmente não pediu mais. Não me lembro exatamente quando foi que o Garotão mamou pela última vez (engraçado como também não me lembro da sua primeira mamada).
Como a Princesa seguiu um caminho diferente na amamentação (livre demanda até 18 meses, desmame noturno gentil e regulação da hora de mamada aos 24 meses) imaginei que ela fosse levar a amamentação até os 3 anos ou mais. Mas, depois que começamos a regular o horário das mamadas, ela começou a deixar de mamar. Chegamos a ter 48h de espaçamento entre as mamadas. Quando aconteceu esse intervalo, percebi que a qualquer momento eu poderia estar fazendo a última mamada.
Até que no dia 07, a professora ligou dizendo que a Princesa estava com febre. Meu marido foi busca-la na escolinha, ela chegou em casa, mamou muito, dormiu no meu colo e eu fiquei ali, curtindo o colinho dodói, mas muito gostoso. Até então, não imaginávamos o que pudesse estar dando febre na nossa Princesa.
Então, depois que ela acordou, vimos que a boquinha estava cheia de aftas. Ofereci mamá de novo, mas dessa vez ela não conseguiu pegar. Doía. Então, passei os próximos cinco dias da recuperação dela ansiosa pra que a boquinha dela sarasse e ela voltasse a mamar.
E, no sábado, a boquinha dela estava melhor. Ofereci o mamá e ela tentou, mas por pouquíssimo tempo. Depois, olhou pra mim e disse: “Eu não consigo mais mamá”. Doeu em mim. Eu não estava pronta pra esse desmame tão cedo (pra mim). Ofereci diversas vezes nos dias seguintes. Algumas vezes tentou, outras, nem deu bola. Parei de oferecer e finalmente assimilei que minha Princesa não é mais um bebê. E, segundo ela, ela ainda não é uma menina grande. Simplesmente é uma menina pequena que não mama.
Às vezes ela pede o mamá e não consegue mais sugar. É como se ela tivesse perdido a prática. Se ordenhar, ainda tenho leite, mas mesmo sendo um desmame tão abrupto pra minha mente, não o foi pro meu corpo: não houve empedramento, nem dores, nada... meu peito não encheu... sem traumas para a fisiologia da amamentação.
Sim, findamos mais uma fase. E, amamentamos, com muito amor, por dois anos e oito meses.