Pendências 2015
Bem-aventurado o homem que põe no Senhor a
sua confiança, e que não respeita os soberbos nem os que se desviam para a
mentira.
Salmos 40:4
Uma das nossas maiores ansiedades de 2015
para 2016 era a escola que o Garotão iria cursar o Ensino Fundamental. O nosso
alvo era conciliar qualidade, proximidade, valor e, principalmente, inclusão.
A nossa primeira opção era uma escola onde
o Garotão já faz o atendimento contra-turno. Como não era tão perto da nossa
casa, então isso seria um fator a se pensar. Tínhamos uma escola pública mais
perto, mas nessa outra a inclusão é mais efetiva. O nosso plano B era uma
escola particular, mas contei aqui o quanto não seríamos bem recebidos. Para que a inclusão fosse real, acho que
nossa luta iria se quadruplicar. Ou, se de tudo, não desse certo e o embate
fosse terrível, iríamos mesmo para a escola pública mais próxima, e nossa luta
seria elevada a milésima potência.
Recebemos muitos conselhos de amigos para
conseguirmos a vaga na escola que queríamos. E, o conselho mais repetido era
que devíamos “dar um jeitinho” de conseguir um comprovante inverídico, que
garantiria a matrícula de nosso filho (ou seja, mentira, corrupção pouca pode,
né?).
E, pra facilitar a nossa vida
(#ironiamodeon) só saberíamos ou não se tínhamos a nossa vaga garantida nessa
escola no dia 15 de dezembro. Ou seja, ficamos muito, muito tempo sem poder
tomar qualquer decisão até mesmo em relação aos horários da terapia para 2016.
Até que, no dia 15 de dezembro, recebemos o
documento que nos assegurava que nosso filho tinha a vaga na escola que
queríamos. Ficamos muito felizes e agradecemos a Deus por nos conceder essa
vaga onde tanto esperávamos.
Então, fomos alegres e sorridentes fazer a
matrícula: reuni todos os documentos pedidos, coloquei no envelope e levei para
a secretaria. Quando a secretária abriu e viu a papelada, disse que havia um
problema e que não poderia fazer a matrícula. Foi como se um buraco tivesse
sido aberto sob meus pés. Argumentei com a secretária, mas ela disse que não
poderia fazer nada. Não nego que fiquei apavorada. Expliquei que o meu filho já
tinha matrícula na escola devido ao contra turno. E, que não tinha outra opção.
Assim, ela me encaminhou para conversar com o diretor.
A conversa foi tensa: o diretor alegou que
havia sido denunciado por “dar” vagas para amigos e que estava sofrendo muita
pressão. O fato denunciado era falso, mas mesmo assim, ele continuava sob
marcação cerrada. Então, só após uma boa conversa com a Secretaria de Educação,
eles receberam o meu filho (Em tempo: a lei garante prioridade a crianças
especiais. Como não havia outras crianças com necessidades especiais
solicitando vaga para o mesmo ano, meu filho podia ser matriculado na escola
dentro da legalidade).
Após esse momento de tensão, veio o alívio:
meu filho foi matriculado.
E, o diretor me deu um puxão de orelha: se
todos cobrassem das escolas próximas do jeito que ele é cobrado, os problemas
seriam menores. Mas, geralmente optamos (como eu) pelo caminho mais simples:
uma escola pública mais distante ou uma escola particular... complicado, não?
E, o alívio de não “dar um jeitinho” e usar
de meios errados pra conseguir a vaga. Se tivéssemos seguido esse mau conselho,
não teríamos passado pelo susto; mas se fôssemos denunciados, não sei o que
poderia acontecer... E, além disso, o que estaríamos ensinando aos nossos
filhos?
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Que Papai do Céu te abençoe!!!