Essas férias com o Garotão foram pura
alegria e diversão. Já viajamos, já passeamos, mas estamos de volta para as
terapias e tudo... e, fevereiro e março, as aulas já estão de volta.
Um dos desafios que tivemos com o Garotão
que começou no ano passado, foi sobre o relacionamento dele com a Princesa. No
início, tudo era lindo, eles eram apaixonados um pelo outro, mas de repente, o
choro dela começou a perturbá-lo. E, inicialmente, sempre que ela chorava, ele
se autoagredia (no caso, ele batia a cabeça na parece, no sofá, enfim, em
qualquer coisa que estivesse perto). Comentamos com os terapeutas dele e a
orientação era ajudá-lo a achar uma forma dele lidar com esse incômodo. Para os
terapeutas, provavelmente o choro pra ele devia causar uma sensação não só de barulho,
talvez de dor, de incômodo que ele não conseguia lidar.
Bom, para nossa surpresa, ele realmente
conseguiu um jeito diferente de lidar com esses gritos: batendo na irmã. Gente,
que cruel! Sempre que ela gritava, ele batia nela... E, batia forte. Eu tentava
protegê-la e ele corria atrás... E, quando não conseguia alcançá-la, ele
tentava agarrá-la e machucava mesmo...
Já aconteceu de estarmos no carro, ela
começar a chorar, e ele se soltar do cinto de segurança e começar a bater nela.
Foi tenso! Meu marido parou o carro para que eu fosse sentar atrás, no meio dos
dois enquanto tentava acalmar a Princesa e ao mesmo tempo segurar as mãos do
Garotão.
O pior de tudo é que, mesmo em ambientes abertos,
como no parquinho, e mesmo estando longe dele, era só ouvir um choro da
Princesa, que ele vinha correndo para bater nela...
Tentamos castigo, recompensa, tentamos de
tudo e nenhum resultado...
Eu já estava ficando muito triste, sem
saber o que fazer, como fazer e nenhuma dica dos terapeutas estava ajudando
quando aconteceu um fato. Ele estava no parquinho e um coleguinha começou a
chorar. Resultado: ele correu para bater no coleguinha.
Ufa! É, exatamente, alívio! Não é
exatamente a irmã que causa o incômodo nele. É o barulho de choro mesmo! Outro
dia, na própria clínica, uma menina autista começou a gritar e ele, na sala do
Terapeuta Ocupacional, começou a bater a cabeça na mesa.
Ainda não sabemos como ajudá-lo a vencer
esse incômodo e como não deixar que ele bata na irmã (ela sofre!). Uma das
dicas é aula de musicalização infantil. Estamos meio enrolados, mas já
conseguimos o contato de uma pessoa que é referência em musicalização e
musicoterapia aqui em nosso estado.
E, continuamos orando para que esse
incômodo seja atenuado e que ele consiga vencer mais essa dificuldade.
Nossa amiga que difícil, vou orar para que o garotão consiga, receber de forma melhor o choro alheio.
ResponderExcluirTri-beijos Desirée
http://astrigemeasdemanaus.blogspot.com.br/
Desirée, só Deus sabe o quanto isso tem sido difícil pra gente... o pior é não termos uma referência pra conseguir trabalhar...
ExcluirEngraçado se trabalharmos com choros em vídeos, por exemplo, não causa nada pra ele.
Agora se é choro real, ele se desorganiza todo...
:(