Sempre frequentei grupos na internet que se
conversa sobre maternidade: gravidez, parto, amamentação, autismo... E, tenho
visto algumas mães aparecerem com uma dúvida, seguido de um certo desespero:
“Meu filho não olha nos meus olhos enquanto mama! Será que ele tem autismo?”
“Meu filho não olha nos meus olhos enquanto mama! Será que ele tem autismo?”
E, depois dessa pergunta, vem várias mamães
responderem:
“Fica tranquila! O meu também não olha e
não tem nada!”
Bom, eu ligo o meu alerta. Não quero deixar
nenhuma mãe preocupada, não quero colocar nenhuma ‘caraminhola’, mas esse relato
é algo muito importante para ser notado e anotado. Não quero dizer que, se a
criança não olha nos olhos quando mama ela obrigatoriamente é autista. Há uma
série de fatos e comportamentos do bebê que devem ser observados no bebê tanto
pela mãe como pelo profissional de saúde que o acompanha antes de chegar a essa
conclusão.
Mas, se a mãe considera o fato da criança
não olhar nos olhos durante a amamentação algo relevante, isso deve ser
considerado e até anotado no prontuário e na carteirinha de vacinação da
criança.
Hoje me perguntam se o meu filho olhava pra
mim quando mamava. Eu, sinceramente, não sei, não lembro. Em alguns vídeos,
percebemos que em atividades corriqueiras, como troca de fraldas, por exemplo,
ele preferia olhar para um bichinho de pelúcia do que pra mim. Mas, não tenho o
registro na minha memória.
Hoje, eu observo e muito a minha filha.
Toda vez que ela faz algo que foge à normalidade, eu já ligo o meu alerta,
anoto na caderneta de vacinação e menciono tanto à pediatra como à neuro.
Atitude neurótica? Talvez, afinal, minha
filha tem uma chance aumentada de também ter autismo em relação à maioria das
crianças. E, também por ter deixado tantos sinais do meu filho passar batido.
Não quero que, se caso minha filha também tenha, esses registros fiquem para
trás.
Portanto, mamães, gostaria de deixar aqui o
meu alerta. Eu acredito que todas as informações que uma mãe colhe de seu
relacionamento com seu filho são de profunda importância, não somente em
relação ao autismo. O jeito de olhar, o jeito de mamar, como a criança gosta de
brincar, o tempo de sono, manchas na pele... Todas essas informações são
relevantes e devem ser registradas. Não significa que haja algo errado.
Simplesmente, deve ser anotado.
Assim, o que é relevante pra mãe e para a
criança, e pra toda família, deve ser relevante para o profissional de saúde.
Por isso, viva a maternidade intensamente!!!
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Que Papai do Céu te abençoe!!!