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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Olhos nos olhos



E sua mãe guardava no seu coração todas estas coisas.
Lucas 2:51

Sempre frequentei grupos na internet que se conversa sobre maternidade: gravidez, parto, amamentação, autismo... E, tenho visto algumas mães aparecerem com uma dúvida, seguido de um certo desespero:
“Meu filho não olha nos meus olhos enquanto mama! Será que ele tem autismo?”

E, depois dessa pergunta, vem várias mamães responderem:
“Fica tranquila! O meu também não olha e não tem nada!”
Bom, eu ligo o meu alerta. Não quero deixar nenhuma mãe preocupada, não quero colocar nenhuma ‘caraminhola’, mas esse relato é algo muito importante para ser notado e anotado. Não quero dizer que, se a criança não olha nos olhos quando mama ela obrigatoriamente é autista. Há uma série de fatos e comportamentos do bebê que devem ser observados no bebê tanto pela mãe como pelo profissional de saúde que o acompanha antes de chegar a essa conclusão.

Mas, se a mãe considera o fato da criança não olhar nos olhos durante a amamentação algo relevante, isso deve ser considerado e até anotado no prontuário e na carteirinha de vacinação da criança.

Hoje me perguntam se o meu filho olhava pra mim quando mamava. Eu, sinceramente, não sei, não lembro. Em alguns vídeos, percebemos que em atividades corriqueiras, como troca de fraldas, por exemplo, ele preferia olhar para um bichinho de pelúcia do que pra mim. Mas, não tenho o registro na minha memória.

Hoje, eu observo e muito a minha filha. Toda vez que ela faz algo que foge à normalidade, eu já ligo o meu alerta, anoto na caderneta de vacinação e menciono tanto à pediatra como à neuro.

Atitude neurótica? Talvez, afinal, minha filha tem uma chance aumentada de também ter autismo em relação à maioria das crianças. E, também por ter deixado tantos sinais do meu filho passar batido. Não quero que, se caso minha filha também tenha, esses registros fiquem para trás.

Portanto, mamães, gostaria de deixar aqui o meu alerta. Eu acredito que todas as informações que uma mãe colhe de seu relacionamento com seu filho são de profunda importância, não somente em relação ao autismo. O jeito de olhar, o jeito de mamar, como a criança gosta de brincar, o tempo de sono, manchas na pele... Todas essas informações são relevantes e devem ser registradas. Não significa que haja algo errado. Simplesmente, deve ser anotado.


Assim, o que é relevante pra mãe e para a criança, e pra toda família, deve ser relevante para o profissional de saúde. Por isso, viva a maternidade intensamente!!!

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