Permaneça
o amor fraternal.
Não vos esqueçais da hospitalidade, porque por
ela alguns, não o sabendo, hospedaram anjos.
Hebreus 13:1-2
As aulas do
Garotão (3anos 8 meses) começam dia 18 de fevereiro. Estou ansiosa pra saber
como será esse ano. Eu tinha diversas dúvidas em minha cabeça e resolvi
conversar com quem será a professora dele esse ano.
E, me apaixonei
por ela. Ela é uma fofa. Parece tão linda, tão apaixonada pelo que faz, pela
sua turminha... E, perguntei um monte de coisas pra ela.
Uma dúvida que eu
tinha era sobre a escola mesmo, como seria a organização da salinha: Bom, a
sala é ampla, de frente pro jardim, onde as crianças terão muitas atividade. As
mesinhas agora serão maiores, serão individuais. Mas elas são de uma forma que
podem ser organizadas tanto em fila, como em círculo (fica uma mesa meio
redonda). Ainda tem tapete de EVA onde as crianças passarão o primeiro momento
junto, o momento da rodinha, de troca de conversa. Terão pátio, mas agora o
pátio grande, com muito espaço. Eles passarão mais tempo em sala, mas a
professora está cheia de ideias incríveis que eu vou falar mais para frente.
Ah, e a sala dele fica de frente para o banheiro (o que é perfeito para o
desfralde, né?).
A salinha dele
terá 18 alunos e pra eles, uma professora, uma apoio e por causa do Garotão, a
estagiária. A professora falou que a sala nunca tem lotação total... sempre
falta uma criança ou mais... achei interessante.
O projeto dela pra
esse ano é sobre sustentabilidade. Amei! E, sou até suspeita pra dizer, já que
estudei isso, né? E, as crianças estarão estudando as letrinhas, os números, os
bichinhos e os habitats, e a estrutura social em que vivem (complexo? Não, é só
uma visão da família... lindo, né?). Até o final do ano a professora espera que
eles estejam conhecendo todas as letras do alfabeto, entendendo as quantidades
até 5, e escrevendo seu próprio nome. Para ela o maior objetivo: oralidade e
registro.
Sabem o que me
deixou muito feliz? É que o Garotão já identifica as letrinhas, já conta até
100 (e de 15 a 1, de trás pra frente), e até monta palavras! Vai ser tranquilo,
né? Mas, a questão de escrever o nome eu fiquei preocupada, já que o Garotão
não gosta muito de lidar com a escrita, nem com lápis, nem com giz, nem com
escrever... enfim... acho que essa vai ser uma luta particular.
Então, contei para
a professora o que o Garotão faz, o que precisamos pra ele. Contei do interesse
dele por linguagem de sinais (LIBRAS), e ela ficou empolgada. Pediu que eu
mandasse pra ela o alfabeto em LIBRAS pra ela também trabalhar com as crianças
que existem outras formas de se comunicar. E, disse estar disposta a aprender
tudo que o Garotão estiver disposto a ensinar. Disse também que está aberta a
conversar comigo diariamente, me mostrar tudo que ele fizer para que possamos
trocar ideias, aprender, e com isso, o Garotão crescer ainda mais.
Mas, de toda a
conversa, uma frase ficou. Algo que me fez derreter em lágrimas ali, naquela
salinha, na frente dela. Ela disse bem assim:
“Eu nunca tive um
aluno especial. O seu filho é um presente de Deus para mim.”
Pois é... mais que
um presente para minha família, o Garotão tem sido um presente de Deus para
todos que o cercam...