Quanto
a mim, sou pobre e necessitado, mas o Senhor preocupa-se comigo. Tu és o meu
socorro e o meu libertador; meu Deus, não te demores!
Salmos 40:17
Salmos 40:17
Eu queria chegar e
escrever um lindo relato de virada de ano... mas as coisas não foram tão legais
assim.
A manhã estava
ótima, acordamos mais tarde. Até iríamos à praia, mas preferimos acordar mais
tarde, já que já tínhamos dormido tarde no dia anterior, aliás, a semana toda.
Acordamos e depois
fomos comprar os presentes do Amigo X que teria na casa do meu irmão. Saímos
pela avenida principal do bairro, tranquilos para fazer as compras. Após
comprarmos tudo, voltamos por um outro caminho para evitar uma crise de birra
do Garotão (3 anos 7 meses) ao passar por um caminho normal para a casa do vovô (iríamos para a
casa).
E, no final desse
caminho, fomos abordados por um indivíduo de moto, que logo me pediu o celular.
Ele pôs a mão na cintura como se estivesse armado. Eu consegui entregar o
celular pra ele (estava dentro da mochila, nas minhas costas) e eu segurava o
meu filho (3 anos 7 meses) com a outra mão. Assim que entreguei o celular (que eu ganhei de
Natal), ele foi embora e eu fui pra primeira loja que eu encontrei à frente,
uma loja de colchões.
Sentei e chorei.
Deixei meu filho brincando à vontade... Ele subiu nos colchões, começou a
brincar, o que me deixou bem aliviada, já que aparentemente ele não havia
percebido nada. Liguei pra polícia e depois para os meus pais. Eu com medo de
começar a ter contração e perder o meu bebê (29 semanas) (uma amiga minha perdeu gêmeas após
um assalto, por início de trabalho de parto prematuro). Fui super bem cuidada
pelos funcionários da loja, um carinho comigo e com meu filho... Enfim... Papai
do Céu colocou anjinhos bem pertinho da gente...
Quando voltei pra
casa, comecei a ter contrações muito frequentes, e até um corrimento marrom.
Fui direto para o pronto socorro obstétrico e lá fui bem atendida. Colo
fechado, neném mexendo muito, e contrações ocorrendo por causa da ansiedade.
Não precisei de medicação, apenas um repouso pra diminuir as contrações e não
iniciar um trabalho de parto.
Enquanto isso, o
Garotão parecia bem, sem qualquer demonstração de que havia sentido alguma
coisa.
Ainda fui à minha
GO (Ginecologista/Obstetra) e falei das dores na virilha que comecei a sentir
no dia primeiro. A médica ficou preocupada pois as dores estavam muito cedo
(estou com 29 semanas) e entramos com remédio pra reduzir as contrações e as
dores.
Hoje, 4 dias
depois do ocorrido, quando paro pra relembrar o que aconteceu, ainda sinto
aflição, taquicardia e até início de contração. Fico pensando no que poderia
ter acontecido com os meus filhos. E, com isso, o medo de sair de casa de novo
aumenta. Desde o dia 31, ainda não fui à rua só eu e meu filho. Estou
apavorada. Penso que o que não aconteceu dessa vez, pode acontecer na próxima
que for à rua...
São tantas coisas
que eu penso que me dão desespero...
- Como meu filho,
uma criança autista, reagiria se percebesse o assalto?
- Como o
assaltante reagiria se meu filho desse crise de birra ou quisesse sair
correndo?
- E se o
assaltante colocasse arma no meu filho?
- Se eu perdesse o
meu bebê no susto?
- E se eu não
estivesse com o celular?
E, ainda penso por
que não consigo descansar nos braços do Pai. Eu deveria confiar e resolver tudo
o que preciso, mas esses dias, fui ao supermercado com minha irmã e minha mãe,
e foi uma situação de muita tensão... fiquei desesperada quando vi uma moto e
também quando vi um indivíduo com um uniforme de futebol (a mesma camisa da
pessoa que me assaltou...). Tanto que minha mãe e minha irmã estranharam a
minha pressa.
Além disso, tenho
um grande desejo no meu coração. Queria muito que a Graça de Deus alcançasse o
coração dessa pessoa... E, quero muito, voltar a ter uma vida normal, sem medo,
sem taquicardias e sem contrações fora de hora... Uma coisa que fiquei muito
triste foi de não ter colocado nenhuma música no meu celular ainda... mas,
felizmente já tinha baixado a Bíblia!
Meu Deus tá cada vez mais difícil viver nesse mundo de violência!!
ResponderExcluirGraças a Deus amiga esta tudo bem, eu sei o q você sente, já passei por isso, não nas mesmas circunstancias mas sei o que é ser assaltada e ter medo de por a cara na rua!!!
Mas confia em Deus que vai dar tudo certo, o pior já passou e Deus esta com vc sempre dando o livramento. Tente não pensar no que aconteceu, e no que poderia acontecer, pois Deus estava ali juntinho de vc pra q nada acontecesse!!
Procure pensar só no garotão e nesse bebê lindo que esta por vir... grande beijo e fique em paz!!!
Pois é, Michele... marido diz que vou levar uns 15 dias pra me acalmar... tenho orado pedindo a Deus paz e pedindo pela vida dessa pessoa...
ExcluirAlém de dizer: "Maranata!"
Obrigada pelo carinho!!!
Um beijo!!!
Que coisa horrorosa, mas ainda bem que você conseguiu ter calma para enfrentar o assalto e não colocar vocês em um risco maior. Parabéns por ser tão centrada! Fiquem bem.
ResponderExcluirTatiane... foi Papai do Céu que nos ajudou a enfrentar esse dia...
ExcluirUm beijo!!!
Obrigada pelo carinho!!!
Nossa, imagino sua aflição. Q Deus te dê serenidade e que vc possa descansar já q Ele te guardou e guardou os seus.
ResponderExcluirObrigada, Queli... hoje consegui até dar uma saidinha de casa... Obrigada, mais uma vez!!
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