Ontem (09.02.14) aconteceu um fato que me
fez refletir um bocado. Eu estava saindo do culto, e fui pegar as crianças na
sala do culto infantil E, como eu disse no Facebook, os meus bebês estão
crescendo, principalmente a Princesa – 10 meses: deixei, ela nem chorou. Quando
eu desci para dar mamá, ela mamou e depois fez questão de acenar ‘tchau’ para
mim.
Quando fui buscá-los, a Princesa estava
meio ‘enjoadinha’. Pela hora, deduzi que ela estava com fome de comida (ou
seja, peito não ia adiantar) e com sono (ela passou o culto inteiro
aproveitando a salinha ao máximo). O Garotão (4 anos 9 meses) também estava
faminto e falava toda hora que queria ‘papá’.
Nessa saída, acabamos parando para
conversar com uma irmã, que queria pegar a Princesa no colo. Do jeito que a
Princesa estava, claro que ela não saiu do meu colo... agarrou de um jeito que
ninguém tirava. Então, a irmã saiu com essa pérola:
“Ela fica o dia inteiro com você?”
“Ela fica o dia inteiro com você?”
Eu respondi que sim. Então a irmã disse:
“Você tem que deixá-la com os outros, para
que ela se acostume a ficar longe de você!”
Normalmente esse tipo de comentário me
deixa bem chateada, mas ontem, me fez refletir sobre o fato de que muitas
pessoas acham estranho um bebê ficar “agarrado” com a mãe. Principalmente
porque “agarrada” não é a definição muito correta para a Princesa, já que ela é
extremamente simpática e não tem medo de ir pro colo de outras pessoas em
situações normais. Inclusive, como citei no início, ela tem ficado cada vez
melhor na salinha na igreja: canta, dança, corre, brinca com os coleguinhas...
É normal um bebê ser agarrado com a mãe.
Afinal, mesmo que a mãe trabalhe fora, a criança passou a maior parte da vida
dela dentro do corpo da mãe, a voz que ela mais ouvia é a da mãe. Depois que
nasce, quem é o elo da criança com o mundo é a mãe. Ela que oferece o alimento,
que a limpa (na maior parte das vezes) que a faz dormir. E, é o cheirinho da
mãe que acalma a criança de tudo...
O tempo vai passando e a criança vai
ganhando mais autonomia. Ela
naturalmente vai se aventurando longe da mãe e por iniciativa própria busca seu
próprio espaço: é quando começa a rolar, a conhecer o mundo que a cerca, quando
começa a comer, arrastar, engatinhar e andar.
Nesse tempo, a mãe passa a ser seu porto seguro, o lugar que ela poderá sempre voltar quando a coisa não parecer segura. E a criança tem confiança que a mãe saberá resolver qualquer conflito dentro dela (mesmo que esse conflito seja a fominha e o soninho, que o bebê ainda não sabe qual vai resolver primeiro!) e que poderá correr pra ela, sempre que precisar. Nesse momento, qualquer pessoa que tentar afastá-la da mãe, não será bem vista, não será amiga. Uma pessoa amiga pra esse bebê é aquele que a levará para mais perto da mãe, para mais perto de quem ela mais precisa. Quem já não ganhou um grande upa de um bebê, só porque estava mais perto da mãe?
Nesse tempo, a mãe passa a ser seu porto seguro, o lugar que ela poderá sempre voltar quando a coisa não parecer segura. E a criança tem confiança que a mãe saberá resolver qualquer conflito dentro dela (mesmo que esse conflito seja a fominha e o soninho, que o bebê ainda não sabe qual vai resolver primeiro!) e que poderá correr pra ela, sempre que precisar. Nesse momento, qualquer pessoa que tentar afastá-la da mãe, não será bem vista, não será amiga. Uma pessoa amiga pra esse bebê é aquele que a levará para mais perto da mãe, para mais perto de quem ela mais precisa. Quem já não ganhou um grande upa de um bebê, só porque estava mais perto da mãe?
E, mesmo o bebê mais doce, simpático e ‘dado’
fica choroso, reclamão e enjoadinho quando suas necessidades básicas não são
satisfeitas. Isso não é ser ‘mimado’ ou mal acostumado. Afinal, todos nós
ficamos com dor de cabeça, enjoo, ranzinzas quando estamos com fome, com sono
ou simplesmente apertados procurando um banheiro. A diferença é que nós
aprendemos a controlar os nossos instintos quando precisamos sonegar essas
necessidades para cumprir tarefas que colocamos como prioritárias.
E, ainda dentro de tudo isso, pensei em
nosso Pai Celeste.
Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem
presente na angústia.
Portanto não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares.
Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza. (Selá.)
Salmos 46:1-3
Portanto não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares.
Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza. (Selá.)
Salmos 46:1-3
Jesus sempre coloca que nós devemos ser
como crianças, né? Fico imaginando que Deus deseja que nunca saiamos do colo
dEle, que sempre o busquemos para resolver todas as necessidades, sejam elas
básicas ou não. Que possamos nos deleitar em compartilhar os nossos desejos e
em chorar as nossas decepções. Em seguir os seus passos e simplesmente sermos
dirigidos por ele. Deus nunca irá nos ‘jogar’ para outra pessoa cuidar para que
nós não fiquemos ‘mimados’. Ele nos ensinará a fazer o que é certo, a fazer a
Sua vontade nos colocando cada vez mais perto e debaixo de suas asas... Ele
quer das nossas vidas o contrário do que fazemos com as crianças: quer que nós
dependamos cada vez mais dEle...
Então, sempre que você quiser pegar um bebê
lindo no colo e ele chorar, não faça inferências sobre o comportamento dele
dizendo o quanto ele é ‘mimado’. Entenda necessidade desse bebê e pense: “será
que eu estou agarradinho assim com Papai do Céu?” Tenho certeza que Ele amaria
que nós fossemos grudadinhos assim com ele...
Ei, Toninha!
ResponderExcluirObrigada pela visita e pelo carinho!
Um beijo!!!