Aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há tropeço.
1 João 2:10
1 João 2:10
Estamos aqui
completando os dois primeiros meses... Na verdade, completamos dia 22, não é?
Mas tem sido os dois meses mais intensos de nossas vidas.
Desde que chegamos
da maternidade com a princesa, o Garotão tem mostrado um amor, um carinho, algo
inexplicável. O carinho é tão grande quanto é forte. É tão forte que tenho medo
de que ele a machuque quando a beija e a abraça.
Mesmo assim, o
ciúme existe. Mas ele não desconta no irmãzinha... às vezes é nele mesmo ou em
mim. A primeira vez que eu fiquei sozinha com os dois em casa, a Princesa
estava com menos de um mês. Eu estava amamentando, e o Garotão brincando no
quarto dele quando ele me chamou. Eu não fui, não tinha como levantar com a
menina mamando. Ele parou de chamar e aí, eu ouvi o barulho dele batendo a
cabeça... Aí, não teve jeito... tive que tirá-la do peito e deixar a Princesa
chorando para ver o que aconteceu... quando vi, o roxão na cabeça me deixou
muito, muito chateada.
Então, tivemos três
soluções: trazer os brinquedos dele pra sala, usar o sling para amamentar
depois das 18h (hora que ele chega da escola e que a Princesa fica pendurada no
peito e deixá-la chorando se for necessário. Foram perfeitas, já que agora é
possível atender o Garotão um pouco mais rápido. Afinal, apesar de ser chato
deixar a bebê chorando, pelo menos a integridade física dela está garantida se
ela estiver no berço.
Agora, não temos
mais problemas de auto-agressão, mas temos visto uma certa carência. Quando ela
chora, ele corre para o meu colo, e não desce para que eu possa pegá-la. Se ela
estiver dormindo, ele não quer saber de mim, mas se ela chora... ele resolve
que quer colo.. aí, não tem jeito de colocá-lo no chão, não é choradeira, é
algo mais sentido, de doer o coração mesmo... mas, se a Princesa está com fome,
fazer o quê?
Apesar dessas
situações, existem outras que são incríveis. Geralmente, essas mais difíceis só
acontecem quando estou sozinha com ele. Quando temos mais gente em casa (o pai,
os avós, os tios), ele se desdobra em carinhos com a irmã, à ponto de subir no
berço para beijá-la. Quando quer conversar com ela, ele repete o choro dela,
como se fosse a língua dela. Nunca chega pra ela e a chama pelo nome ou fala
algo carinhoso... mas é lindo perceber o quando ele quer se comunicar com
ela...
E os beijos? Na
cabeça, no pezinho, na mãozinha e na barriga... Incrível, ela já vira o
rostinho pra ele quando ele chega perto... que delícia!!!
Sei que eles vão
construir uma relação incrível, amizade e cumplicidade. Esse caminho terá um
monte de atropelo, mas será perfeito, para uma amizade perfeita!