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segunda-feira, 13 de julho de 2015

Autismo – Sonhando com o Futuro


“E agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã iremos a tal cidade, lá passaremos um ano, negociaremos e ganharemos.
No entanto, não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois um vapor que aparece por um pouco, e logo se desvanece.
Em lugar disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto ou aquilo.”
Tiago 4:13-15

Esses dias, tive um sonho tenso. Queria chamar de pesadelo... mas, talvez não seja um pesadelo, mas talvez apenas um medo escondido dentro do coração.
No sonho, estávamos em nosso condomínio, saindo do carro. E o Garotão, não era mais um Garotão, mas um rapaz enorme, já com uns 14 ou 15 anos. Lindo, alto, mas alto do que eu e o pai (o que não será muito difícil).  Foi muito gostoso vislumbrar a beleza do meu filho adolescente.
Quem dera que o sonho fosse apenas esse vislumbre... No sonho, eu estava dizendo, para aquele adolescente lindo:
“Garotão, não corre, anda aqui do meu lado. Se você correr, não vamos ao shopping.”
Sim, vi o meu filho tão grande, mas agindo como criança. Acordei em prantos.
Fiquei pensando porque esse sonho me abalou tanto. Simples: guardo no coração a  esperança de que o Garotão terá um desenvolvimento incrível de forma que a sua dificuldade não afetará a sua independência.
Todos falam que o Garotão tem grandes chances de levar uma vida normal, mas não há garantias. Por mais que ele faça tratamentos, terapias, não dá pra saber o que o futuro nos espera. Claro, a esperança é que o Garotão tenha um desenvolvimento tão espetacular que o autismo não venha a atrapalhar o seu futuro. E, sempre procuro me mostrar otimista, sugerindo que tenho total confiança que o Garotão será totalmente independente.
E, se não for assim?
Sinceramente, não sei.
E desde o sonho, isso fica martelando em minha mente. Como será o futuro? Só me resta... descansar em Deus. Não, não é fraqueza da minha parte dizer que o futuro me preocupa, me amedronta. Só é mais uma oportunidade de reconhecer que o futuro a Deus pertence...




quinta-feira, 9 de julho de 2015

Avaliação Neuropsicológica


Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações de graças; e a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus.
Filipenses 4:6,7


Finalmente chegou o dia. Hoje o Garotão inicia o processo de fechamento do diagnóstico, com a avaliação neuropsicológica. Desde o primeiro diagnóstico, de autismo infantil, aos dois anos e quatro meses, ficamos esses últimos anos investindo no desenvolvimento do Garotão: consultas, terapias, escola, sempre pensando na evolução do Garotão.
Lembro-me bem da consulta em que a médica deu o diagnóstico de autismo infantil: ela disse que estaríamos trabalhando para que ele se desenvolvesse ao ponto de estar na  área mais externa do espectro. E, talvez, quem sabe, chegar ao ponto do autismo não ser perceptível.
Hoje, inicia o processo de fechamento. A nossa expectativa é que ele feche como sendo “Autismo de Alto Funcionamento”, mesmo com o autismo perceptível por causa das estereotipias e da forma não natural de falar,  mas não sabemos. Serão cinco sessões... cinco semanas... e ansiedade. E entregando nossos pensamentos a Deus.
Estaremos aqui compartilhando o que pudermos sobre esse processo.
Se você quiser saber como foi o início da suspeita e do diagnóstico, clique aqui 


sexta-feira, 3 de julho de 2015

Cenas de Amor - Puro Coração


Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles, e disse: Em verdade vos digo que se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, quem se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no reino dos céus.
Mateus 18:2-4


Eu sou uma péssima cozinheira. De vez em quando arrisco alguma coisa, principalmente nos doces, mas pode ter certeza que não dá nada certo.... pode até ter um gostinho aceitável, mas definitivamente, não é minha vocação. Sou do tipo que erra até bolo de caixinha. Mas não se preocupem, aqui em casa se consegue se sobreviver com o arroz-feijão do dia-a-dia...
Mas, um dia desses inventei de fazer pudim... Às vezes eu não entendo como é que eu não acerto e resolvo tentar novamente. Então, depois de várias vezes não acertar, inventei de tentar de novo fazer um pudim.
Bom, era pra ser algo simples, né?
Até que saiu isso aqui:

Não parece, mas isso era pra ser um pudim...


Se assustaram? Pois é... fiquei triste, pensando em nunca mais fazer um pudim.
De repente, do nada, aparece um Garotão, lindo, olhando pra essa massa disforme e diz:
“Uau! Que lindo! Um Pudim! Lindo!”
Tá, acreditem. Lágrimas vieram aos olhos. Olhar puro, inocente, de puro amor. A beleza está em ver um pudim na mesa. Simples assim... Se encantou pelo fato de apenas se ter um pudim...
Garotão, meu desejo é que com seu crescimento você possa se desenvolver incrivelmente, mas nunca, nunca perca esse olhar puro, e esse coração cheio de amor...

Em tempo: Ele detestou o sabor.. Hehehehe... E, foi sincero: Quero não...